Imagine nascer mulher dentro de um corpo masculino no interior de Minas no meio do século XX?
Essa é a vida de Nany People. Neste livro, ela conta sua trajetória de vida de forma leve e bem humorada, com auxílio de Flavio Queiroz.
Juro foi tão bem feito, que houve trechos que li com a voz dela na cabeça!
A história por si só já é interessante, mas o que me salta os olhos e quero trazer para esta resenha refletiva (acabei de inventar o termo) é a quantidade de vezes que ela precisou se reinventar ao longo da vida.
Achei verdadeiramente inspirador, ver essa mulher surgindo devagarinho no menino que foi; ver a atriz surgir na mulher que se vislumbrava então. O furacão que ela se tornou na televisão, já existia como sementinha dentro da performer que se apresentava na noite.
Claro que transponho isso para nós. Ao longo de nossas vidas há embriões de mudança que podem ou não “vingar”, e só podemos percebê-los em retrocesso. Ficasse Nany, encolhida, tristemente enroscada no corpo biológico em que nasceu, quem seria ela? Que vida teria? Muito provavelmente uma que não vale um livro tão bom quanto o que li.
A coragem e autenticidade dela ficam até agora como eco me inspirando, leitura ótima para quem está em momentos nos quais o embrião de mudança quer e precisa germinar.
Então sigo o conselho da mãe de Nany:
”Se a gente não muda com a vida, a vida muda com a gente”.
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